O principal tema de Preparem os agogôs é a revisão crítica que a autora faz da história de Sergipe, através de um recorte feito entre o meado do século passado e a segunda metade do século XX. As relações tensionadas entre os barões brancos e os negros escravos acabam se constituindo na espinha dorsal desse romance histórico, através da história do advogado Tomás Gonzaga, um funcionário de carreira do Ministério das Relações Exteriores. Mesmo tencionando fazer um inventário étnico-social de sua família, em seu relato, o advogado faz mesmo é um recorte na história, ao desvendar episódios até então desconhecidos e esclarecendo criticamente as relações sociais, culturais e políticas entre a casa grande e a senzala. Um passado forjado na luta e no sangue de muitas pessoas envolvidas em divisões de heranças, luta pelo poder e pela liberdade.
Nesses termos o romance acaba sendo um testemunho indelével da história de Sergipe, formada a partir dos engenhos da cana-de-açúcar e das grandes plantações de algodão, no Vale do Cotinguiba, cujas conseqüências ainda hoje podem ser observadas. Emerge também dessas relações uma cultura rica e variada a partir dos diversos grupos étnicos oriundos da áfrica e dos cruzamentos raciais. A história dos barões e seus descendentes, dos negros escravos que chegaram aqui por contrabando e que lutaram desesperada e intermitente pela sua libertação, tornam-se contraponto entre a ficção e a história, entre o passado e o contemporâneo, de Sergipe e do Brasil. Assim, a história de Tomás Gonzaga acaba se confundindo com a história de Sergipe e de seu próprio país.
Nesses termos o romance acaba sendo um testemunho indelével da história de Sergipe, formada a partir dos engenhos da cana-de-açúcar e das grandes plantações de algodão, no Vale do Cotinguiba, cujas conseqüências ainda hoje podem ser observadas. Emerge também dessas relações uma cultura rica e variada a partir dos diversos grupos étnicos oriundos da áfrica e dos cruzamentos raciais. A história dos barões e seus descendentes, dos negros escravos que chegaram aqui por contrabando e que lutaram desesperada e intermitente pela sua libertação, tornam-se contraponto entre a ficção e a história, entre o passado e o contemporâneo, de Sergipe e do Brasil. Assim, a história de Tomás Gonzaga acaba se confundindo com a história de Sergipe e de seu próprio país.
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