
A narrativa se inicia com a personagem central retornando de uma viagem que fizera aos Estados Unidos, talvez a última, depois de já ter feito várias outras e conhecido várias parte do mundo. Nessa viagem, um rapaz que embarca em Miami chama a sua atenção e acaba se tornando amigos.
Professora de filosofia, aposentada, Jane Brasil, cinqüenta anos, vendeu o apartamento, onde morava em Belo Horizonte, e um fusca velho, e com o dinheiro patrocinou mais uma vez uma viagem para o exterior, sendo que desta feita, para os Estados Unidos. Percebe-se que a intenção da protagonista nessas viagens é conhecer culturas diferentes e compará-las com o Brasil.
A narrativa dividida em três partes apresenta na primeira, denominada A Viagem, as peripécias de seu retorno ao Brasil e as conseqüências de ter ficado sem apartamento e com os salários reduzidos em função das despesas feitas e criadas. Nesta parte, a personagem procura a partir de lembranças provocadas pelos diversos acontecimentos ao seu redor refletir sobre sua origem, seu estado atual e principalmente sobre seus conflitos interiores. Na segunda parte, denominada A chegada, a personagem protagonista se depara com uma série de nuances, como, por exemplo, a ordem judicial para desocupar o apartamento e a solução encontrada que foi morar num abrigo. Na terceira, chamada de Busca, Jane Brasil empreende uma procura de sua origem familiar, tendo que se deslocar de Minas Gerais à Bahia, numa espécie de prestação de contas com o seu passado. Predominam nas três partes da narrativa uma espécie de busca obsessiva da personagem pelas suas origens sociais, familiares e culturais, responsáveis, em última instância, pelos seus conflitos interiores.
As origens familiares de Jane Brasil se resumem numa tentativa de reconstruir sua identidade a partir de sua família biológica e de sua família adotiva, com a qual ela conviveu grande parte de sua adolescência. Os aspectos sociais de sua existência giram em torno de sua formação profissional, visto que, no momento da narrativa, ela assume a postura de professora aposentada de filosofia, na plenitude de sua vida intelectual, mas situada numa condição de indigência pelas péssimas condições salariais e de moradia. As reflexões culturais giram em torno das análises que faz em torno da prática de ensino que norteou sua condição profissional de professora e de intelectual.
Ganha corpo na narrativa a procura obstinada que Jane faz em busca de uma chamada “prestação de contas” com uma psicóloga, que, segundo ela, apropriou-se de alguns de seus escritos e publicou em forma de livro autobiográfico com outro título. No desfecho, sabe-se que o encontro entre Jane Brasil e a psicóloga não passa de um truque narrativo, visto que a psicóloga não é nada mais, nada menos que a própria Gizelda, chamada de GM, portanto criadora da personagem-protagonista.
A personagem-protagonista reencontra, depois de muitos anos, sua mãe adotiva no estado da Bahia, onde morava com os filhos, e decide morar com Jane que, para sua surpresa, descobre que o rapaz, companheiro de viagem no retorno dos Estados Unidos, é seu sobrinho-neto. A busca de suas origens termina com esta reflexão: “De qualquer forma, a pessoa que se tornou a partir de seu nascimento, fruto de desejos carnais ou de anseios da mente, é temporária e impermanente, como todo mundo. Por isso ela resiste, vai continuar a sua vida e ninguém vai saber o seu final.”
Professora de filosofia, aposentada, Jane Brasil, cinqüenta anos, vendeu o apartamento, onde morava em Belo Horizonte, e um fusca velho, e com o dinheiro patrocinou mais uma vez uma viagem para o exterior, sendo que desta feita, para os Estados Unidos. Percebe-se que a intenção da protagonista nessas viagens é conhecer culturas diferentes e compará-las com o Brasil.
A narrativa dividida em três partes apresenta na primeira, denominada A Viagem, as peripécias de seu retorno ao Brasil e as conseqüências de ter ficado sem apartamento e com os salários reduzidos em função das despesas feitas e criadas. Nesta parte, a personagem procura a partir de lembranças provocadas pelos diversos acontecimentos ao seu redor refletir sobre sua origem, seu estado atual e principalmente sobre seus conflitos interiores. Na segunda parte, denominada A chegada, a personagem protagonista se depara com uma série de nuances, como, por exemplo, a ordem judicial para desocupar o apartamento e a solução encontrada que foi morar num abrigo. Na terceira, chamada de Busca, Jane Brasil empreende uma procura de sua origem familiar, tendo que se deslocar de Minas Gerais à Bahia, numa espécie de prestação de contas com o seu passado. Predominam nas três partes da narrativa uma espécie de busca obsessiva da personagem pelas suas origens sociais, familiares e culturais, responsáveis, em última instância, pelos seus conflitos interiores.
As origens familiares de Jane Brasil se resumem numa tentativa de reconstruir sua identidade a partir de sua família biológica e de sua família adotiva, com a qual ela conviveu grande parte de sua adolescência. Os aspectos sociais de sua existência giram em torno de sua formação profissional, visto que, no momento da narrativa, ela assume a postura de professora aposentada de filosofia, na plenitude de sua vida intelectual, mas situada numa condição de indigência pelas péssimas condições salariais e de moradia. As reflexões culturais giram em torno das análises que faz em torno da prática de ensino que norteou sua condição profissional de professora e de intelectual.
Ganha corpo na narrativa a procura obstinada que Jane faz em busca de uma chamada “prestação de contas” com uma psicóloga, que, segundo ela, apropriou-se de alguns de seus escritos e publicou em forma de livro autobiográfico com outro título. No desfecho, sabe-se que o encontro entre Jane Brasil e a psicóloga não passa de um truque narrativo, visto que a psicóloga não é nada mais, nada menos que a própria Gizelda, chamada de GM, portanto criadora da personagem-protagonista.
A personagem-protagonista reencontra, depois de muitos anos, sua mãe adotiva no estado da Bahia, onde morava com os filhos, e decide morar com Jane que, para sua surpresa, descobre que o rapaz, companheiro de viagem no retorno dos Estados Unidos, é seu sobrinho-neto. A busca de suas origens termina com esta reflexão: “De qualquer forma, a pessoa que se tornou a partir de seu nascimento, fruto de desejos carnais ou de anseios da mente, é temporária e impermanente, como todo mundo. Por isso ela resiste, vai continuar a sua vida e ninguém vai saber o seu final.”
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